quarta-feira, dezembro 02, 2009

Ficha de trabalho 2 - Patricia Carocha

Posicionamento Crítico

Ao longo dos anos e após a liberdade de expressão conquistada no 25 de Abril de 1974, tem-se vindo a assistir a uma manifestação de opinião cada vez mais acentuada.
Hoje em dia, achamo-nos detentores de um total poder assumido para “opinar” em relação a tudo e todos que venham a público e ainda nos achamos no direito de ser levados a sério.
No entanto, esse poder de opinião é geralmente condicionado por aspectos sociais e políticos, valores religiosos e regras de comportamento que nos fazem crer em verdades por vezes pouco verdadeiras.
As próprias sociedades chegam a fazer juízos de valor influenciados pelo “socialmente correcto” e chegam a ter a convicção que os mesmos são absolutamente verdadeiros.
Um elemento bastante importante na formação da opinião pública é, sem dúvida, o poder da argumentação, o esmiuçar dos factos e defende-los exaustivamente, tornando esses argumentos credíveis, quase intocáveis em função do objectivo que queremos alcançar.
Actualmente, os partidos políticos quando entram em campanha, ou quando estão a estudar factores importantes para formação de um programa de governo, concentram-se na opinião pública em relação a vários temas para direccionar as suas intervenções em concordância com essa mesma opinião, de modo a convencer a maioria do eleitorado e conquistar assim o seu voto.
Um líder político tem sempre um nível de formação acima da média, tem uma imagem que nos atinge positivamente, tem um comportamento público aparentemente intocável, tem uma educação que deverá ter como base valores respeitados na sociedade em que está inserido, de modo a não ser excluído da mesma, tem um poder de argumentação convicto, usa e faz um discurso capaz de prender multidões, pois só deste modo conseguirá liderar opiniões de forma a atingir a sociedade e captar a atenção da mesma em proveito do objectivo que pretende alcançar.
Por vezes estamos tão deslumbrados com aquela imagem de “ser perfeito” e inabalável, capaz de representar uma nação, que precisamos de ouvir os críticos activos que têm como principal função alertar-nos para a veracidade da essência desse deslumbramento, desses discursos, dessa imagem, dessa argumentação, de modo a sairmos dessa opinião pública e fazer uma análise imparcial, neutra.
Daí ser cada vez mais necessária a formação de leitores activos e críticos, que não se deixem manipular pela opinião pública, pelos mass media, por esta “sociedade de massas” onde vivemos mergulhados.


Trabalho realizado por: Patricia Carocha

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