segunda-feira, dezembro 07, 2009

Portugal - Um Retrato Social. Nós e os outros - actividade CP4


PORTUGAL – UM RETRATO SOCIAL

“Portugal, um Retrato Social” - documentário da autoria de António Barreto com a realização de Joana Ponte, apresentado na RTP durante o ano de 2007.

Este trabalho pretende ser um retrato do nosso país. Um retrato da sociedade contemporânea. É um retrato de grupo: dos portugueses e dos estrangeiros que vivem connosco. É um retrato de Portugal e dos Portugueses de hoje, que melhor se compreendem se olharmos para o passado, para os últimos trinta ou quarenta anos.



Episódio 4. Nós e os outros: uma sociedade plural

Há quarenta anos, havia só um povo, uma etnia, uma língua, uma cultura, uma religião e uma política. Hoje, Portugal é uma sociedade plural. Primeiro a emigração e o turismo, depois a democracia, finalmente os imigrantes estrangeiros, fizeram de Portugal uma sociedade aberta. Falam-se todas as línguas, reza-se a todos os deuses, há todas as convicções políticas. Os Portugueses aprendem a viver com os outros.

  1. O autor, afirma no início do documentário, que hoje “vivemos numa sociedade aberta”. Justifique esta afirmação, tendo em conta a situação vivida em Portugal na década de 60 e na sociedade actual.
  2. Refira de que forma actuava a censura até 1974. Apresente alguns exemplos.
  3. Descreva as principais mudanças na sociedade portuguesa, subjacentes à ida dos primeiros portugueses para o estrangeiro.
  4. Indique os reflexos da imigração na economia portuguesa.
  5. Explique de que forma a crise económica pode originar situações de preconceito.Na sua opinião, diga qual a responsabilidade/papel do Estado e do cidadão comum na questão da imigração.



Na década de 60, em Portugal, vivia-se em plena ditadura salazarista, numa época pós guerra, onde a comunidade portuguesa era definida como fechada e sisuda precisamente devido às normas impostas pelo governo.
O autor ao afirmar que hoje se vive numa sociedade aberta refere-se às mudanças que ocorreram após a queda do regime, permitindo à sociedade, como a conhecemos hoje, a possibilidade da liberdade de expressão e o direito à opinião, podendo cada um criar os seus próprios juízos, independentemente do tema, e sem que sejam censurados.
A Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), criada em 1945, ia além da função de polícia política, sendo igualmente responsável pelo controlo de estrangeiros e fronteiras, pela informação e contra-espionagem, pelo combate ao terrorismo e pela investigação de crimes contra a segurança do estado.
O recurso à censura e o indício de perseguições políticas são marcas características desta entidade que procurava neutralizar qualquer tipo de tentativa de boicote no regime, impedindo mesmo qualquer tipo de manifestação, quer através da opinião quer através de actos, que fosse contra a constituição ou os valores morais estipulados pelo regime.
Com a ida dos primeiros portugueses para o estrangeiro em busca de melhores condições de vida e com o inicio de uma época em que Portugal passou a ser considerado um destino de férias por vários países europeus, começaram a surgir mudanças na sociedade portuguesa devido a elações originárias da interacção com comunidades diferentes, a sociedade passou a adquirir uma pluralidade que era inexistente durante o regime salazarista.
Nos anos 60 existia um povo, uma etnia, uma língua, uma cultura, uma religião e uma política. O aparecimento de uma sociedade plural deu “abrigo” a diferentes línguas, religiões e culturas no nosso país.
Mas não se deram apenas alterações sociais, o crescimento económico que se deu em Portugal muito teve a ver com o inicio da emigração e imigração, permitindo ao povo português uma melhoria substancial da qualidade de vida e das condições de emprego, e em consequência o aumenta da riqueza nacional.
Na sociedade actual vivem-se momentos não muito prósperos a nível económico, a chamada crise. O surgimento de tal fenómeno pode ser problemático também a nível social devido à imigração de que o nosso país é sujeito.
Situações de preconceito podem vir a ser originadas por parte do povo português em relação às comunidades estrangeiras, estando directamente relacionadas também com o Estado e com as leis da imigração que por sua vez acabam por beneficiar quem importa para Portugal, causando sérios problemas empresariais para os produtores portugueses e sendo intervenientes directos nestes conflitos.

Tiago Viçoso

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