A verdade é que os media assumem-se cada vez mais como um meio de formar opiniões ao invés de transmitir informação. Todos os meios de comunicação são, hoje, veículos para a criação e transformação de consciências. A informação quando chega às massas vem logo tratada pelos órgãos de comunicação social, já tem o cunho pessoal do jornalista que compôs a peça ou a reportagem, contribuindo assim para a formação de uma consciência comum.
O poder dos media para a formação de consciências é usado, em ultima análise, para a formação de uma opinião pública, o que é comum e indiscutível. Para corroborar esta afirmação podemos munirmo-nos de exemplos onde os media foram usados de forma clara para a formação de uma consciência e opinião pública comuns. Não é preciso recuar muito atrás no tempo para nos lembrarmos do papel preponderante que Barack Obama atribuiu à sua campanha eleitoral munindo-se de todos os artefactos de comunicação.
Lembremo-nos do caso do Eusébio e do novo Hospital da Luz, que não foi mais que uma manobra clara de marketing gratuito. Se formos um pouco mais atrás no tempo, lembramo-nos da forma como o regime nazi usava a propaganda como forma de mobilizar consciências.
Parece-me claro o poder que os meios de comunicação exercem sobre a opinião pública. É, também, verdade que assistimos cada vez mais ao aparecimento de algumas pessoas alegando a ‘desinformação’ ou questionando a qualidade da informação que se veicula pelos media. Por isso, e voltando ao ponto de partida, é preciso filtrar esta informação e analisá-la de forma crítica.
Cada um de nós deve ter espírito crítico e olhar para o mundo que nos rodeia com uma postura de interrogação e problematização das realidades que pautam o nosso quotidiano, isto é, não aceitar passivamente os dogmas da sociedade, mas questioná-los permanentemente. Assim, não devemos assumir como verdade o que nos transmitem os media sem termos conhecimento da totalidade dos factos. A formação da Opinião Pública como dominante, não provém do raciocínio, da razão ou da justiça, mas sim do número de elementos que defendem determinada opinião, constituindo desta forma a denominada “cultura de massas”.
A perspectiva conjunta de um povo acerca de qualquer assunto é considerada a opinião nacional que é baseada nos valores históricos, educacionais e morais de cada sociedade.
Individualizando, penso que cada pessoa tem o direito de intervir na direcção dos assuntos públicos do Estado, participando de modo directo ou indirecto na formação do governo e da sua administração, aliás como dita a democracia em que nos inserimos.
Em suma, somos cidadãos de uma sociedade onde imperam regras, no entanto devemos dar a conhecer a nossa posição e sermos sempre críticos, porque cada opinião conta.
quarta-feira, dezembro 02, 2009
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