A opinião pública origina-se através de julgamentos e ilações retiradas pela comunidade, não individualmente, mas como uma maioria, como uma corrente, sobre um determinado tema, de acordo com a cultura de massas.
A criação desta muitas vezes rege-se em torno de temas mediáticos e polémicos da actualidade, como por exemplo, os escândalos públicos (Freeport; “Face Oculta”, entre outros) ou um tema directamente relacionado com a comunidade a nível global (Aborto; Casamento entre pessoas do mesmo sexo; entre outros), que se tornam do conhecimento público através de grupos sociais, dos media e até mesmo através dos próprios governantes aquando da criação de referendos.
As informações divulgadas, seja por que meio for, são interpretadas de maneiras diferentes, variando de pessoa para pessoa, dependendo de diversos factores como o ambiente social em que estão inseridas, a formação literária e os recursos de comunicação e pesquisa de que dispõem de modo a poderem desenvolver a sua opinião.
A opinião pública está directamente relacionada a um fenómeno social que poderá ou não ter carácter político, sendo mais do que uma simples contagem de opiniões. Esta é influenciada pelo sistema social de um país, de uma comunidade.
Para que exista a transição de opinião pessoal para opinião pública é necessário que a comunidade (uma massa; uma maioria), a manifeste. Mas, por vezes, essa manifestação está longe de ser fácil.
Ao estarmos inseridos numa comunidade pertencemos a um padrão social. Um porta-voz de uma opinião na tentativa de torná-la pública, por vezes, pode ser alvo de repercussões sociais, levando até à sua exclusão.
Certas pessoas, activas na vida político-social do país, gozam de um estatuto que lhes permite manifestarem a sua opinião pessoal publicamente. Os chamados líderes de opinião, ao fazerem-no desempenham um papel importantíssimo na Democracia e para os cidadãos dispondo de uma influência considerável para a formação de uma opinião em massa.
As opiniões em massa por vezes são alvo de estudo, recorrendo-se às sondagens ou estudos de opinião. Quando se fala de sondagem refere-se a um processo de recolha de informação a partir de uma amostra representativa da população. Essa recolha deveria ser imparcial e fidedigna, mas a manipulação dos estudos de opinião, por exemplo em momentos prévios a actos eleitorais, é, infelizmente, uma prática muito comum no nosso país.
Ao longo dos anos, têm havido consideráveis disparidades entre estudos de opinião que vão sendo publicados nos órgãos de comunicação social e os resultados eleitorais obtidos, levando a população a por em causa a veracidade das informações que lhes são transmitidas.
Por fim, gostaria de reforçar a ideia de que sendo os Media os principais responsáveis pela comunicação e difusão e que, ao faze-lo estão muitas vezes a contribuir para a formação da Opinião Pública, é assim cada vez mais necessária a formação de leitores activos e críticos para que impere na nossa sociedade democrática a imparcialidade.
quarta-feira, dezembro 02, 2009
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